O Corretor do Futuro: Como IA Potencializa (e Não Substitui) o Trabalho Humano

De acordo com pesquisas da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), apenas 10% dos executivos imobiliários acreditam que IA possa eliminar completamente a função de corretor.

Compare isso com o consenso mais amplo: 19% das empresas já utilizam ferramentas de IA em seus processos, e a expectativa é que esse índice dobre até o final de 2025. Entre as que implementaram IA, 71% relatam impacto positivo, e 86% afirmam que a tecnologia melhora a eficiência das transações.

O receio inicial não é infundado — é apenas impreciso. IA não vem para substituir o corretor. Vem para redefinir completamente o que um corretor faz.

Imagine um corretor de imóveis de 2024: ele passava em média 20-30 horas por semana em tarefas administrativas. Respondendo mensagens repetidas. Qualificando leads básicos. Agendando visitas. Enviando propostas padronizadas.

O restante do seu tempo — a parte verdadeiramente valiosa — era dedicado a relacionamento, consultoria, negociação e fechamento de vendas.

Agora, com IA, o cenário mudou fundamentalmente:

Um agente de IA 24/7 faz o que? Exatamente aquilo que o corretor gastava 20 horas por semana fazendo:

Quem recebe todas essas tarefas automatizadas? O corretor. Mas não sozinho — em paralelo com um agente de IA que faz 80% do trabalho repetitivo.

Este é o ponto crucial. O trabalho do corretor não desaparece — evolui.

Um corretor que sabe usar IA a seu favor não é mais um “tele operador de imóveis”. Ele é um consultor imobiliário. Ele passa o tempo com leads pré-qualificados que o agente já validou. Ele conversa sobre os desejos reais do cliente, não sobre formulários. Ele entende as motivações profundas — mudança de vida, investimento, segurança, sonho — que números e algoritmos não capturam.

A empatia, a capacidade de negociação e o entendimento das nuances emocionais dos clientes são habilidades que nenhuma IA consegue replicar. E estas são as habilidades que vendem imóveis no final.

Os dados globais já confirmam esta tendência. Um agente de IA virtual israelense — eSelf AI — foi implementado pela imobiliária Porta da Frente Christie's em Portugal e já movimentou mais de US$ 100 milhões em vendas.

O mercado global de soluções de IA para imóveis, que era de US$ 356 milhões em 2023, deve chegar a mais de US$ 1 bilhão até 2033, segundo a consultoria Drees & Sommer. Este crescimento não vem da substituição de corretores — vem da multiplicação de sua eficácia.

Imobiliárias que implementam IA reportam:

A pergunta verdadeira que assombra muitos corretores é esta. Se a IA está fazendo o trabalho, quem fica com a comissão?

A resposta é contra-intuitiva: corretores que usam IA ganham MAIS.

Por quê? Porque eles fecham mais vendas. Não porque fazem mais ligações ou respondem mais mensagens — porque trabalham mais eficientemente. Um corretor que focava 70% do tempo em administrativo e 30% em vendas agora inverte essa proporção. Seu tempo é mais produtivo.

A Associação Brasileira de Incorporadoras já alertou: o corretor que se recusa a aprender a trabalhar com IA ficará para trás. Imobiliárias que adotam IA conseguem processar mais leads, mais rapidamente, com menos pessoas.

Assim, o cenário não é “IA substitui corretores”. É “Corretores que adotam IA prosperam; corretores que ignoram IA ficam obsoletos”.

O que faz o corretor de 2025-2026 que prospera?

Não é ficção científica. A transformação já ocorre em imobiliárias que decidiram se modernizar. Apenas 10% de executivos acreditam que IA eliminará a função porque a realidade comprova o oposto: IA potencializa o corretor.

A questão não é se IA chegará ao seu setor. Já chegou. A questão é: você vai abraçar a transformação ou será deixado para trás?

Equipe Moby

Moby - IA aplicada ao Mercado Imobiliário